15.8.06

Milhares invadem a feira e esgotam caixas multibanco

Natacha Palma Manuel Azevedo
Feira de Espinho
Filas de pessoas intermináveis onde os empurrões são muitos à vista de uma ou outra pechincha.
Em todas as vias de acesso à cidade, o trânsito é caótico; os lugares de estacionamento há muito que estão ocupados; os comboios, que ali chegam totalmente lotados, depressa se esvaziam e não há dinheiro nas caixas multibanco.
Os sinais são por de mais evidentes estamos em Agosto e é dia da feira semanal em Espinho, a feira mais conhecida e concorrida do país.O cenário não é estranho para a maioria, mas até pode tornar-se assustador e sobretudo claustrofóbico para os mais desprevenidos. Milhares de pessoas enchem por completo todos os espaços vazios da feira, caminhando em fila, a passo de caracol, qual procissão, parando aqui e acolá, e empurrando muitas vezes à vista de alguma pechincha.
Depois dos espaços mais desafogados na zona dos produtos frescos, a meio da feira a multidão fecha-se sobre si mesma. Em filas compactas, milhares de pessoas caminham devagar, juntas, muitas vezes agarradas para não se perderem umas das outras. Caminham num único sentido a zona dos ciganos."É a melhor feira que temos. Fazemos um grande negócio, lá isso é verdade. Por esta altura do ano, é sempre assim. As pessoas estão de férias e há muitos emigrantes e estrangeiros", conta Anabela Maia, feirante.
Quase uma festaSe para Luísa Argento, brasileira de férias em Portugal, este tipo de confusão até é divertido, para Helena Oliveira, de Caldas de S. Jorge, é um pesadelo."Gosto imenso de vir à feira sobretudo pelos produtofrescos caseiros, mas não me peçam para vir em Agosto. Só cá estou porque realmente precisava de fazer compras e tive boleia. Se não fosse o caso, nem me atrevia. O trânsito é um caos e nem se fala no estacionamento. Normalmente demoro cerca de 15 minutos para cá chegar e hoje demoramos uma hora", explicou .Já para Manuel Santos e família, todos de Gondomar, a ida à feira de Espinho é quase uma festa, uma ocasião especial que normalmente reservam sempre para esta época do ano. "Em Gondomar, toda a gente conhece a feira de Espinho. Aliás, é costume, no feriado municipal, a 5 de Outubro, quando calha numa segunda, muitos virem a Espinho à feira para voltar depois à tarde a tempo da procissão da Nossa Senhora do Rosário", contou Manuel Santos, que disse não dispensar ainda uma ida à praia de Espinho, pela tarde.

Sem comentários: