16.7.07

Ser Feirante

Há coisas que não se esquecem.

As minhas visitas a este blogue são frequentes, embora curtas, porque o tempo não dá para mais!
No tempo que corre, as fontes de (des)informação e os sítios que queremos visitar na net são tantos, que perdemos mais tempo a seleccionar os objectos de pesquisa do que propriamente a assimilar conhecimentos ou a opinar sobre o que quer que seja! Mas hoje resolvi fazer diferente!
Hoje fiz questão de entrar, parar, ler, observar e comentar - coisa, aliás, que já queria ter feito há muito tempo!
Na verdade, hoje decidi "pagar" duas dívidas.
Uma aos autores deste blogue, e outra à minha própria consciência.
Aos autores deste blogue lhes devo os meus (atrasados) Parabéns por esta iniciativa. Mais! Devo-lhes acima de tudo os meus sinceros aplausos não só por esta forma saudável e divertida de divulgação das actividades dos feirantes mas, e acima de tudo, por contribuirem para a desmistificação do conceito de "feirante" que, para muitos, não é mais do que o parente pobre do comércio, o endinheirado inculto, sem maneiras, para quem tudo serve, que vive à margem da sociedade moderna, fina e burguesa.
Este espaço, não só valoriza e promove a "FEIRA" enquanto lugar privilegiado de trocas comerciais, com papel relevantíssimo na esconomias locais (e muitas vezes regionais), mas também a "FEIRA" enquanto acontecimento cultural, festivo, aberto e democrático por excelência!
Porventura, em algum momento, alguém se sentiu a mais numa feira?! Não! Todos são bem-vindos e quantos mais melhor!
Com esta ou aquela aparência, forasteiro, estrangeiro ou da terra, para comprar, apreçar ou apenas só para ver, todos são bem acolhidos na "FEIRA"! Até os políticos lá vão! Não há candidato que se preze que não distribua lá os seus abraços e beijinhos por entre gritos e apertões! Conhecem outro espaço com estas características?
Meus caros, por tudo o que referi e porque foi de feira em feira que tanto eu como o meu irmão (especialmente ele) passamos parte da nossa infância, tendo sido este o modo de vida que permitiu aos nossos pais sustentar a nossa formação académica, sirvo-me deste espaço para homenegear esta "ainda estranha forma de vida" - a de FEIRANTE.
Hoje, embora distante dos ferros, das cordas, da gancha e do tolde, ainda que longe da azáfama do montar e desmontar, dos expositores, das bancas e da obra, recordo vivamente o terror das "feiras brancas"!
Não esqueço aquela vida dura e difícil, mal amada por uns e desprezada por outros, mas pela qual sinto infinito respeito e admiração.
Dizia-me há uns dias um dos responsáveis pela Obra do Teatro de Vila Real, que sempre que entrava naquele fantástico edifício - agora terminado e em pleno funcionamento - não conseguia evitar emocionar-se.
O mesmo se passa comigo quando vou à feira seja ela qual for...
Ah! Já agora, fiquem a saber que em Vila Real a feira acontece às terças e sextas feiras. E Junho, quase todo ele é de feiras e de festas, pois festeja-se o Stº António (padroeiro da cidade) e no S. Pedro existe a tradicional feira dos pucarinhos e da cueca! Sim, da cueca! Toda a gente lá vai abastecer-se de lingerie para o ano inteiro! Ah Pois!
Um abraço a todos os feirantes!

Publicado num blogue sobre Feirantes em 16/02/2006

Postado por DVB às 9:14 AM

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6.7.07

Montemor-o-Velho: 10 cêntimos por metro quadrado separam acordo entre autarquia e feirantes

«Há terrados (espaço para as tendas) que passam de cinco euros por feira para 54 euros. São dez vezes mais, é incomportável», disse o presidente da Associação de Feirantes do Centro.